sexta-feira, 10 de maio de 2019

Ano letivo 2018/2019 - Eclésia, a Assembleia do povo - artigo jornal

 

“Eclésia, a Assembleia do Povo”



No dia 9 de maio celebrou-se o Dia da Europa e nós, os alunos do 7.º Ano, com a ajuda da nossa professora de História Lígia Sílvia, apresentámos uma dramatização, no Auditório da escola, sobre a Eclésia que era a Assembleia do Povo na Grécia Antiga. 

O Clube Europeu fez a proposta à nossa professora que depois nos incentivou a participar na dramatização para que puséssemos em prática as aprendizagens feitas na sala de aula. 

A representação necessitou de vários ensaios nos quais os alunos, a professora Lígia Silva e outros professores que nos ajudaram, tiveram muito trabalho e dedicaram tardes de quarta-feira. 

Tivemos que nos reunir, por várias vezes, o que nem sempre foi fácil, porque alguns de nós tínhamos outras atividades já agendadas, pelo que não estiveram presentes todos aqueles que se tinham comprometido a fazer parte do grupo que iria trabalhar para redigir um texto que depois seria representado. 

Após o texto escrito, sob orientação da professora de História, tivemos de escolher quem iria ficar com os papéis de apresentador, de narrador e de oradores. 

Escolhemos quatro oradores, ou seja cidadãos do sexo masculino, maiores de 18 anos e que tinham de ser filhos de pais atenienses, porque só esses tinham o direito de participar na Eclésia e proferir a sua opinião de uma tribuna situada na colina perto da Acrópole. A Eclésia reunia quatro vezes por mês e naquele tempo não havia a liberdade de expressão que hoje existe… 

Eram tempos difíceis em que apenas 10% da população total de Atenas tinha o direito a estar presente na Eclésia que era um órgão com o poder legislativo. As suas funções eram votar as leis, decidir a paz e a guerra, para além de escolher os seus representantes noutros órgãos que tinham o poder executivo (Magistrados) e o poder judicial (Areópago e Helieia). 

Cada orador expôs um caso que foi votado de braço no ar pelos presentes tentando dar a ideia dos principais assuntos tratados na Assembleia do Povo, ou seja, um caso em que a decisão seria a aplicação da pena de morte por ingestão de cicuta, do exílio forçado (ostracismo) ou a perda da cidadania ateniense. 

Na Grécia Antiga o tempo que cada orador tinha para proferir a sua opinião era contabilizado com recurso à clepsidra (relógio de água) para que houvesse igualdade e ninguém excedesse o que estava estipulado. 

Os alunos que participaram como figurantes, na sua maioria, inicialmente não tinham mostrado interesse em fazer parte da dramatização, mas depois demonstraram empenho e colaboraram com entusiasmo na representação ao votar de braço no ar as propostas apresentadas pelos oradores. 

Quando olhamos para uma dramatização, muitas vezes esquecemo-nos de todo o trabalho que houve para preparar a peça. Foram muitas horas de preparação, de ensaios, e tomada de decisões para apenas vinte e poucos minutos de peça, mas todos nós adorámos a experiência vivida que fez com que recuássemos no tempo recriando a Eclésia. 

Para além da dramatização apresentada o aluno Gustavo Santos leu a lenda da Europa e o Luís Delgado e o Marim Marques leram poemas da sua autoria sobre a Grécia Antiga e a Eclésia respetivamente. 

Mas tudo valeu a pena, porque o trabalho compensou e proporcionou um espetáculo interessante que, esperamos nós, os participantes, tenha dado a conhecer, a quem esteve presente, algo mais sobre a Grécia Antiga. 

Maria Isabel Claro e Martim Marques, 7.ºB e professora Lígia Silva

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