2015: um fim é também um recomeço
A consagração de 2015, pela União Europeia, como o Ano Europeu para o Desenvolvimento surge não só num momento crucial para debater e refletir sobre o Desenvolvimento, mas é também uma oportunidade para salientar o trabalho desenvolvido por muitos cidadãos e organizações em prol de um mundo melhor.
É, portanto, um ano dos cidadãos para os cidadãos, sobre assuntos globais que nos afetam a todos. Que o Ano Europeu sirva para motivar e inspirar as pessoas em Portugal a exercerem a sua cidadania global numa lógica de solidariedade e responsabilidade, todos os dias. Esta é a altura para todos expressarem a sua opinião sobre o que deve significar “um desenvolvimento sustentável” e o como deve ser construído um mundo melhor.
Para as organizações de desenvolvimento de toda a Europa é uma oportunidade única para mostrar o empenho da Europa na erradicação da pobreza à escala mundial e motivar mais europeus a implicar-se e a participar no desenvolvimento.
Além disso, em 2015 está igualmente previsto alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio acordados em 2000, e a comunidade internacional deverá decidir qual o futuro quadro mundial para a erradicação da pobreza e o desenvolvimento sustentável.
O Euro barómetro de 2013 mostra-nos dados surpreendentes sobre a forma como os cidadãos europeus veem o desenvolvimento:
· Mais de 80 % consideram que a ajuda ao desenvolvimento é importante e 60 % pensam que temos de reforçar essa ajuda; dois terços acreditam que a luta contra a pobreza nos países em desenvolvimento deve ser uma das principais prioridades da União Europeia: 50 % declaram, contudo, não saber para onde vai a ajuda da União Europeia.
Num mundo em rápida mutação, a fronteira que separa o mundo desenvolvido do mundo em desenvolvimento é cada vez mais ténue. Há antigos países em desenvolvimento que se tornaram doadores emergentes, enquanto outros continuam submersos na pobreza.
Entretanto, surgem novas fontes de financiamento e novos parceiros de desenvolvimento. A relação tradicional entre doador e beneficiário deu lugar à cooperação, responsabilidade e interesse mútuos. Ajudar os países em desenvolvimento em todo o mundo a construir sociedades pacíficas e prósperas não é só uma questão de justiça.
Trata-se também de contribuir para um mundo mais seguro e que proporcione à Europa mais oportunidades económicas e comerciais.
Em Setembro, nas Nações Unidas, será definida e aprovada a nova Agenda global para o Desenvolvimento, que pretende responder através de metas concretas aos principais desafios da humanidade na construção de um mundo mais justo, inclusivo, seguro e desenvolvido.
Os novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – que substituem os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio – tentarão incorporar uma agenda universal e diversificada, abrangendo desafios que vão desde a igualdade de género, o acesso a uma saúde e educação de qualidade, o respeito pelo ambiente, o trabalho digno ou as questões da governação e justiça. Tudo indica que, pela primeira vez, um dos objetivos tenha uma meta zero, ou seja, acabar com a fome e pobreza extrema no mundo, no espaço de menos de uma geração.
Curso Ciências Socioeconómicas
11.º A
Sem comentários:
Enviar um comentário